Dia do Empreendedorismo Feminino: qual a realidade atual?

Hoje, dia 19 de novembro, se comemora o Dia do Empreendedorismo Feminino no mundo, data que celebra a perseverança de mulheres que, mesmo em um sistema desigual, buscam trilhar o caminho do sucesso! 

Tal realidade, inclusive, vem melhorando, porém, ainda é marcada por desafios e barreiras. Este texto contextualiza o cenário do empreendedorismo feminino brasileiro e indica quais os principais desafios que as mulheres têm enfrentado em suas atividades!

O cenário do empreendedorismo feminino brasileiro

Conforme dados da pesquisa “Empreendedorismo Feminino 2022”, produzida pelo Sebrae, existiam cerca de 10,3 milhões de mulheres donas de negócios no Brasil em 2022, número que representa um aumento de 30% na comparação com 2021 e a maior marca histórica desde que o estudo começou a ser realizado, em 2016.

Ainda segundo o informativo, 34,4% das empreendedoras brasileiras atuam no setor de serviços. O retrato do empreendedorismo feminino nacional ainda aponta que os três estados com o maior número de mulheres à frente dos negócios são: 

  • Rio de Janeiro – 38% 
  • Ceará – 38%
  • São Paulo – 37%

Dificuldades para empreender

Ainda que os números venham aumentando, existem desafios para as mulheres que desejam empreender. Conforme um novo estudo do Sebrae, realizado em 2023, diversos fatores implicam em uma jornada mais complicada. 

Por exemplo, a pesquisa informou que 68% dos empreendedores homens recebem mais apoio, frente a 61% das mulheres. 

O estudo ainda apontou s seguintes tópicos entre os desafios:

  • 68% das mulheres afirmar que a maternidade impacta no momento de empreender;
  • A sobrecarga de responsabilidades é motivo apontado por 76% das mulheres entrevistadas;
  • Tempo livre: as mulheres gastam em média 3,1 horas com a família diariamente; enquanto homens consomem 1,6 hora por dia. 

Por fim, mas não menos relevante, o estudo indicou que o preconceito de gênero é outro desafio para as empreendedoras, isso porque ¼ das empresárias informaram que já sofreram algum tipo de ataque em sua atuação e 42% das entrevistadas já presenciaram outra mulher sendo alvo de alguma ação preconceituosa. 

Ou seja, ainda que seja possível perceber um leve avanço no empreendedorismo feminino brasileiro, as barreiras impostas – como desigualdade de gênero e falta de incentivo – ainda são impeditivas. Sim, é necessário celebrar o período, mas a data também serve para reforçar que falta muito a melhorar. 

Compartilhe este post

Posts recentes