No início de 2024, o Datafolha divulgou uma pesquisa sobre o mercado de apostas esportivas, na qual identificou que 15% da população realizava esse tipo de jogo.
A tendência é que esse número tenha aumentado nos últimos meses, sendo que diversos setores têm sentido os efeitos das apostas esportivas.
Apostas esportivas em números
O levantamento citado pelo Datafolha também trouxe outros dados interessantes para entender o momento do mercado de apostas esportivas no Brasil. Por exemplo, segundo o estudo, 30% dos jovens entre 16 e 24 anos jogam nas bets.
Além disso, vale destacar os seguintes dados da pesquisa, que ouviu 2004 pessoas:
- 21% dos entrevistados que já apostaram são homens e 9% são mulheres;
- O gasto médio mensal com apostas gira em torno de R$ 263,00;
- 30% dos entrevistados afirmam gastar mais de R$ 100,00 mensalmente com as apostas.
Recentemente, a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) também divulgou um levantamento considerando apenas o estado de São Paulo, e o dado que mereceu mais destaque foi que 9% dos entrevistados indicam que apostas esportivas são um tipo de “investimento”.
Impacto na economia
Em meio ao fenômeno das “bets” e aos números elevados – como apresentado no tópico anterior –, alguns setores da economia já têm sentido o impacto.
Por exemplo, há um movimento recente do setor de varejo que tem buscado a regulamentação dessas empresas no Congresso Nacional. Essa ação ocorre em meio a uma tensão sobre o impacto real das casas de apostas nesse segmento.
Ainda que não existam dados consolidados, grandes empresas de varejo já identificam que as “bets” estão impactando o consumo do brasileiro. Essa mesma avaliação é compartilhada pelo setor de ensino privado, que identificou cada vez mais pessoas direcionando os recursos da família para os jogos online.
Nesse contexto, cresce a pressão sobre o governo quanto à posição a tomar em meio ao avanço das apostas digitais.
Além disso, é importante reforçar os cuidados necessários para se ter com este tipo de prática, especialmente pelo potencial de perdas financeiras possibilitadas pelos jogos.
Um bom exemplo disso é: um estudo do Instituto Locomotiva apontou que 86% dos apostadores possuem algum tipo de dívida, sendo que 64% estão com o nome negativado, reforçando a ideia de que: se for jogar, faça com moderação!